...pra outros é dor. Todos meus finais de ano não parecem aquela maravilha num geral. Tenho zero desse sentimento de "ano novo, vida nova". Mas o contexto por trás da minha angústia não é pela falta disso. Então vim aqui discorrer um pouco sobre como ficou as coisas nesse meu Dezembro. Pra vocês eu desejo um feliz ano novo, que tudo tenha corrido bem e que venham as melhores coisas <3
Queria ter feito essa postagem ontem, mas confesso que fiquei com preguicinha. Bom, antes tarde do que nunca. Se eu não postar isso, vou pensar que acabou todas os futuros recaps do resto do blog, perdi um, perdi todos, é isso.
- Passando mal quase o mês todo: todo dia era uma dor diferente. Dor nas costelas, dor dos poucos exercícios físicos que eu fiz, dor no abdômen... que horror, sério.
- Não fui nada bem nos exercícios: na postagem passada eu falei que queria focar mais em exercícios, mas não saiu como eu planejava. Um pouco da culpa disso foi pela dor e o outro pela menstruação, mas fico feliz em dizer que já consigo correr mais voltas do que eu corria antes e aos pouquinhos consigo correr cada vez mais do que da vez anterior.
- Ressaca social: minha véspera de natal foi em uma confraternização do trabalho do meu marido. Eu já trabalhei no mesmo lugar antes, mas pedi demissão. Então eu conhecia algumas pessoas. Não gosto de ninguém de lá e pensei que ia ter um churrascão como falaram (mas foi bem meia boca). Um dos donos estava cantando sertanejo no microfone e havia muito barulho, tampar os ouvidos na frente de todo mundo me dava vergonha. Adoro me vestir, sair pra comer fora, mas ali não era um lugar legal. Sair me cansa muito mesmo. Comi pouco, mas tomei duas caipirinhas com vodka, uma de morango e uma de maracujá. Meu marido cantou com um primo dele que também trabalha lá e eu adoro ver ele cantando. Mas no geral, acho que já estou feita de gente por pelo menos uns 4 meses. (24/12)
- Natal: comi uma comidinha gostosa feita pelo meu bem e ficamos em casa juntos <3. (25/12)
- Diagnóstico de autismo e TDAH: no último recap, falei sobre fazer uma consulta que possivelmente ia me revelar algo importante. Bem, o diagnóstico saiu. Eu sou uma pessoa autista nível 2 de suporte e TDAH. Eu imaginava ser nível 1 e nem passava pela minha cabeça ter déficit de atenção, mas parece que veio como brinde. E eu não sei muito bem o que achar disso tudo, é difícil por em palavras. Algum dia quando eu estiver melhor com toda essa questão, eu venho me aprofundar nesses temas, como foi a investigação e afins. A psiquiatra disse que eu devo lidar com o luto do laudo no meu tempo e que é uma fase complicada. (28/12)
- Tentando fazer a CIPTEA: já tentei logo fazer de forma online a carteirinha de identificação da pessoa autista, pra deixar tudo prontinho, porém descobri que precisava de um exame de tipagem sanguínea. Fui com meu marido até o posto pedir pra marcar o exame e o pessoal da recepção já não estava muito bem humorado. Depois na sala pra marcar, a enfermeira ficou me questionando se um médico pediu isso pra mim e o porque eu precisava disso. Falei que era por causa da CIPTEA, ela disse que nunca ouviu falar disso, expliquei o que era, perguntou mais algumas coisas e perguntou mais umas DUAS VEZES o que era CIPTEA. Como se não bastasse, perguntou se eu já tinha o diagnóstico, se eu já sabia se eu sou autista ou não. A gente tinha imprimido o laudo pra eu ter sempre em mãos caso precise, então só disse que sim e mostrei a ela. Ficou fazendo caras e bocas em cada pergunta e deu a entender que estava me testando, até que me deu o papel para retornar no dia 18 de Janeiro pra fazer o exame. Meu marido estava na porta acompanhando e saiu bravo depois de tudo isso e eu saí chorando. É, mal descobri ser PCD e já passei por capacitismo velado. (29/12)
- Fogos de artifício doem: eu sempre tive uma enorme sensibilidade com sons altos e é claro que eu tinha que ter uma crise na virada de ano
uhuul. Passei tranquila o dia em casa, mas a noite me ferrei. Não foram muitos fogos, mas não precisa ser pra me deixar mal. Incrivelmente, moro em uma cidade que é proibido fogos com estampido, mas quem vai verificar isso? É claro que as pessoas continuam soltando. Enquanto para a maioria das pessoas a virada é um momento feliz e de esperança, pra mim é o terror. Então, bom... estou bem esgotada desse final de 2023. (31/12)
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